O Governo federal insiste em criar novo imposto ou contribuição social – em caráter provisório, promete – para financiar o pagamento da dívida do INSS com 1,88 milhão de segurados que sofreram perdas com a conversão da URV (Unidade Real de Valor).
Após seis meses e nove reuniões entre representantes do Ministério da Previdência e aposentados e pensionistas, a equipe econômica tomou as rédeas e fez proposta que altera todos os aspectos.
Mudam a origem da receita para pagar a dívida e o calendário da revisão, que deverá começar em agosto: o critério anunciado pelo ministro da Previdência, Amir Lando, pelo número final do benefício, passará a ser por idade.
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Os segurados do INSS negociaram, desta vez, diretamente com o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Bernard Appy. A preocupação da equipe que agora assumiu a paternidade do acordo é assegurar a fonte de financiamento da dívida.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva garantiu que, em nenhuma hipótese, haveria aumento de alíquota para trabalhadores.
Inconformado, o presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados e Pensionistas da Força Sindical, João Batista Inocentini, disse que não vai mais a reuniões com o Governo.
"Isso não é brincadeira. Todos sentimos a reviravolta. Lula havia afirmado que o acordo estava fechado. Agora eles vêm e alteram tudo". Segundo Inocentini, aposentados vão preferir ir à Justiça a esperar mais oito anos para reaver dinheiro devido desde 1994.