Após a discreta baixa de segunda-feira, o dólar retomou a trajetória de alta nesta terça-feira. A moeda fechou cotado a R$ 3,64 para venda, alta de 0,55%.
Como na semana passada, a culpa da alta é o temor dos investidores financeiros da iminente guerra EUA x Iraque. "Como o Brasil depende de capital externo, que deve ficar mais escasso durante a guerra, as empresas correm atrás de dólar para se protegerem, pressionando a cotação", diz o analista de mercado Joel Machado, da Century Investimentos.
Nem mesmo o anúncio da rolagem de 54% da dívida cambial de US$ 1,7 bilhão que irá vencer no dia 3 de fevereiro e a venda de US$ 300 milhões em linha externa coseguiram frear a alta. O mercado está na expectativa do discurso que o presidente dos EUA, George W. Bush, fará na noite desta terça-feira.
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Com fatores externos pressionando a cotação do dólar, há pouco ou nada que o governo brasileiro possa fazer neste momento, avalia Machado. "A venda de dólares promovida pelo BC não teve a finalidade de segurar a cotação. Não valeria a pena fazer isso - o governo apenas queimaria divisas e não conseguiria derrubar a cotação", diz.