Começaram nesta sexta-feira as obras de dragagem do canal de acesso ao terminal Ponta do Félix, em Antonina, Litoral do Paraná, que vão permitir a ampliação de exportações pelo local. O canal tem oito metros de profundidade e depois da reforma, que vai consumir US$ 6 milhões em investimentos da iniciativa privada, vai ficar com dez metros, possibilitando o acesso de navios de até 30 mil toneladas. Atualmente, o limite é de 10 mil toneladas.
A ampliação do canal é uma iniciativa para aumentar a capacidade de movimentação de cargas do Porto de Antonina. As obras devem ficar prontas em no máximo cinco meses. O canal terá dez quilômetros de extensão por 100 metros de largura, da baía de Antonina até a de Paranaguá.
De acordo com o diretor do porto, Juarez Moraes e Silva, a intenção é atingir a capacidade máxima de 2,15 milhões de toneladas por ano no final de 2002, o que vai significar 1% do volume exportado pelo Brasil. Hoje, o transporte de cargas é de 800 mil toneladas e apenas 40% da capacidade instalada está sendo utilizada.
Leia mais:
Comércio de Londrina abre nesta sexta e vai fechar no dia 20 de novembro
Empresas arrematam 39 dos 52 lotes da Cidade Industrial em Londrina
Estudo aponta que salário mínimo pode chegar a R$ 1.524 em 2025 com alta da inflação
Governo propõe uso do Pix como garantia para empréstimos
Silva disse que o momento econômico do Brasil não é ideal para investimentos desse porte e que eles deveriam ter ocorrido na época que o porto começou a funcionar, no início de 1999, mas foram barrados por causa da desvalorização cambial. "Mas o cenário econômico não afeta nesse caso, porque a demanda portuária do Brasil é muito grande e é necessário investir", analisou.
Pelo terminal da Ponta do Félix são transportados principalmente madeiras e derivados. Uma câmara frigorífica, que segundo Silva será a mais moderna da América do Sul, será inaugurada em novembro, com possibilidade de movimentar 250 mil toneladas por ano.
O diretor do porto também exemplifica a necessidade de mais investimentos em portos pela sobrecarga que o de Paranaguá está passando. "Paranaguá utiliza 85% da capacidade instalada em termos de ocupação de berço, e isso é altíssimo, pois normalmente se trabalha com 60%", opinou.