O nível de emprego formal no Paraná teve crescimento de 0,44%, no mês de junho, o que representou um saldo positivo entre admissões e demissões de 6,4 mil postos de trabalho. Foi o segundo melhor resultado no mês de junho desde 1990. Apesar dos dados positivos, foi verificada uma desaceleração na velocidade de contratação em relação aos meses anteriores, que pode estar refletindo os problemas da macro-economia.
Os números são do Ministério do Trabalho e foram divulgados pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio Econômicos (Dieese).
O desempenho paranaense foi o melhor entre os três estados do Sul. Em segundo lugar ficou Santa Catarina com 0,32% e por último o Rio Grande do Sul com queda de 0,08%. No acumulado dos doze meses, o Paraná ocupou a segunda posição na geração de emprego, com variação de 3%, enquanto Santa Catarina ficou em primeiro lugar com 3,57% e Rio Grande do Sul com 2,3%.
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Segundo o economista do Dieese, Cid Cordeiro, o resultado de junho reflete um pouco os "primeiros impactos na economia do racionamento, da alta de juros e do pessimismo com o desempenho econômico no segundo semestre". Até o mês de maio não havia ocorrido uma contaminação do pessimismo empresarial sobre o volume de produção e geração de emprego, mas a continuidade da desvalorização cambial e o aumento da taxa de juros fizeram as empresas mudar de idéia.
Mesmo com o crescimento em ritmo mais lento na contratação de pessoal, este é o sexto mês consecutivo que o índice apresenta resultado positivo no Paraná. Desde janeiro tem se verificado um aquecimento no volume de contratações de mão-de-obra com carteira assinada, caracterizando o mercado formal. No primeiro semestre deste ano foram criadas 58,8 mil vagas, o que confirma a tendência de aquecimento na economia. Mas a maioria das contratações foram feitas em março, abril e maio.
A pesquisa feita pelo Dieese mostra que a agricultura é o setor que mais gerou emprego no Estado, com a abertura de 3 mil postos de trabalho. Em segundo lugar está a indústria da alimentação com 2 mil vagas. O comércio varejista empregou 1,5 mil pessoas.
Alguns setores demitiram mais do que contrataram. A construção civil teve saldo negativo de 1,9 mil vagas. O segmento de comércio e administração de imóveis fechou 431 postos de trabalho, enquanto saúde reduziu em 218.