O Retrato Paraná 2001, pesquisa desenvolvida pela Arthur Andersen no Estado, mostra que as empresas paranaenses têm um perfil mais tradicional que a média brasileira. Quando comparados com os resultados da pesquisa As 500 Maiores, que é nacional, o empresariado do Paraná ainda pensa pouco no comércio internacional, produz principalmente para consumo interno, não utiliza novas ferramentas de mercado como o e-busines (comércio pela Internet) e é tradicional nas relações com os funcionários.
"Essa é uma característica das empresas paranaenses, mas a médio prazo, aquele que só pensar no mercado local vai perder capacidade de concorrência com a indústria de outras regiões", alerta José Écio Pereira da Costa Júnior, sócio-diretor da Arthur Andersen, que divulgou os resultados da pesquisa nesta terça-feira. Um indicador da abertura do mercado é o crescimento da concorrência, que reduziu margens de lucro no Estado.
No Paraná, 70% das empresas enfrentaram maior concorrência em 2000 de empresas nacionais e internacionais. Do total de empresários que respondeu ao questionário, 35% não estão atuando em comércio eletrônico. Outros 21% têm site promocional na internet, apenas com a marca da empresa. Apenas 13% fazem transações com outras empresas ou consumidores pela Internet. Na média nacional, 35% já fazem transações com outras empresas ou consumidores; 23% têm site promocional e outros 23% não usam comércio eletrônico.
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Na média nacional, 86% dos entrevistados já adotam a participação nos resultados como forma de remuneração alternativa. Setenta e oito por cento distribuem bônus aos funcionários e 34% têm plano de opção por ações. No Paraná, apenas 51% oferecem participação nos resultados, 51% distribuem prêmios ou bônus e 10% têm plano de opção por ações. "As formas alternativas de remuneração servem para incentivar a obtenção de metas pelos funcionários e os empresários paranaenses precisam aproveitar mais este instrumento", opina Pereira.