O Porto de Paranaguá é considerado um dos mais modernizados do País, principalmente pelo adiantado processo de privatização de seus serviços. Ainda assim, o Porto ainda necessita de muitas melhorias para continuar a ser competitivo nos próximos anos. Entre elas, a retirada de pedras existentes no fundo mar, como a que provocou o acidente com o navio Norma, carregado de Nafta, da Petrobras, que ainda permanece encalhado no local.
A modernização do Porto foi discutida, em Curitiba, pelo Conselho de Autoridade Portuária (CAP), órgão responsável por definir a administração dos portos em cada região, de acordo com a lei nº 8.630 de 1993, que trata da modernização dos portos. "Estamos tentando agrupar o setor empresarial para agilizar as melhorias necessárias para vencer os obstáculos e desafios do futuro", explicou o presidente da Associação Brasileira dos Terminais Portuários, Wilen Manteli, que tem participado de reuniões semelhantes em todo país.
Fazem parte dos CAPs, representantes de entidades patronais e de trabalhadores, nacionais e regionais vinculadas aos portos e ao comércio exterior, armadores, terminais e operadores portuários.
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Uma das recomendações da legislação é a privatização dos serviços. Segundo o superintendente do Porto, Osires Stenguel Guimarães, Paranaguá foi o primeiro a abrir suas instalações para a iniciativa privada, em 1967. "Todo o porto já se retirou da operação portuária, e está operando praticamente só no corredor de exportação", disse explicando que todos os serviços estão terceirizados e estruturas estão privatizadas.
Entre as barreiras a superar, no entanto, os empresários apontam o acesso rodoviário como um dos maiores problemas. "O porto sempre foi caracterizado como um terminal graneleiro e passou a ter dificuldades depois que o Paraná se industrializou", disse o presidente da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), José Carlos Gomes de Carvalho. Eles reclamam a ampliação do pátio para a permanência dos caminhões e a pavimentação da rodovia de acesso como forma de reduzir as constantes filas de caminhões nas estradas à espera para descarregar.
Guimarães também acredita que dentro de dois anos será necessária uma nova dragagem de aprofundamento na baía de Paranaguá, aumentando de 41 para 43 pés a capacidade de atracamento de navios no local. Os empresários também se queixaram bastante da legislação e conflitos trabalhistas.