Para o superintendente de planejamento e gestão corporativa da Tradener Comercialização de Energia, Fernando Camargo Umbria, a venda da Companhia Paranaense de Energia (Copel) trará benefícios ao Estado, desde que feita de maneira responsável. "O preço precisa ser adequado e a forma de venda também", disse. Na opinião dele a Copel Participações, que reúne investimentos da estatal em empresas de capital misto, deveria continuar sob controle do Governo.
Umbria falou sobre as novas regras do setor elétrico brasileiro, no seminário Oportunidades de Negócios em Hidrelétricas, promovido pela Copel em Curitiba.
O argumento usado por Umbria em favor da venda é simples. Esse ano o Governo do Paraná terá direito a receber cerca de R$ 60 milhões como participação nos dividendos da Copel. Com o leilão, o preço mínimo de venda da Copel deve ficar próximo de R$ 6 bilhões. O Governo poderia receber cerca de R$ 3 bilhões. "A aplicação desses recursos renderia mais para o Estado do que a participação nos resultados da empresa", completa.
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Para Umbria, a venda separada das empresas que formam a Copel será mais vantajosa que o leilão único. Se a holding fosse vendida em conjunto, ela custaria pelo menos R$ 6 bilhões. Poucas empresas teriam condições de pagar esse valor. "Além disso, quem se interessa pela distribuição pode não querer comprar empresas de geração e a venda da holding seria mais difícil."
A holding Copel é formada pela Copel Geração, Copel Distribuição, Copel Telecomunicações e Copel Participações. Na opinião de Umbria, a Copel Participações deveria ficar com o Estado e não ser privatizada. "Ela possui investimentos em setores estratégicos, muito lucrativas", conta. A Tradener é a primeira empresa privada de comercialização de energia do País. A Copel Participações tem 45% das ações da empresa.
Leia mais em reportagem de Emerson Cervi, na Folha do Paraná/Folha de Londrina deste sábado