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Financeiras abusam nos juros e serão fiscalizadas com rigor

Rosana Félix - Folha do Paraná
22 out 2001 às 08:59

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Empresa de crédito em Curitiba procura atrair clientes com show em frente ao estabelecimento
- Mauro Frasson- Folha do Paraná
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As financeiras serão alvo de uma investida do Procon por causa dos altos juros cobrados dos consumidores. Em Curitiba, há empresas que chegam a cobrar 19% de juros mensais, ou 300% ao ano. Outra irregularidade detectada pelo Procon é que as empresas cobram taxas altas mesmo quando fazem a cobrança na folha de pagamento.
De acordo com o coordenador do Procon, Naim Akel Filho, "é um absurdo conviver com taxas de 300% ao ano". Segundo ele, vão ser feitos contatos com o Banco Central para tentar mudar essa prática. "Queremos iniciar um processo de divulgação para alertar os consumidores como estão os juros para que eles não caiam nesta armadilha", afirmou.
Levantamento da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) mostra que a taxa de juros média cobrada para empréstimos pessoais foi de 12,01% em setembro.
O Procon também pretende agir pontualmente nas financeiras que emprestam dinheiro para servidores estaduais. "Já que a cobrança é feita com débito em conta, não há como haver inadimplência, então os juros altos cobrados não são justificáveis", relatou.
O presidente da Anefac, Roberto Brizola, concorda que cobrar juros de 19% ao mês é um absurdo. "Acho que isso nem é caso para o Procon, mas sim caso de polícia", afirma. Mas ele considera que o pior em toda a situação é que existem consumidores que aceitam pagar essa taxa. "Duvido que 10% da população faça as contas para ver quanto o produto vai custar no final, depois que tiver pago as parcelas e os juros embutidos", observa.
Para que o consumidor que necessita de empréstimo pessoal e outras formas de crédito, Brizola sugere uma visita ao site da Anefac, onde é divulgada uma pesquisa dos juros cobrados pelas empresas. "Vale a pena procurar por taxas mais baixas, mas para isto a pessoa tem que ser paciente. Muitas vezes ela quer comprar as coisas na hora e acaba fazendo financiamento com juros muito altos". Ele também diz que é possível negociar para não gastar muito com os juros, como dar entrada mais alta ou diminuir o número de prestações.
Fazer compras à vista é o ideal, analisa Brizola. Mas para ele, quando o consumidor precisa de crédito, as financeiras são uma das melhores opções. "Normalmente se usa o cheque especial, com juros de 9,92% e que cai direto na conta corrente, tendo saldo ou não. O cartão de crédito cobra em média 10,48% de juros, mas é possível obter empréstimo pessoal com taxa de 5%", defende.
O consumidor que quiser ver a pesquisa sobre as taxas de juros das financeiras pode acessar o endereço www.anefac.com.br.

Atendimentos do Procon
De 15/10 a 18/10
Alimentos - 23
Assuntos Financeiros - 369
Consórcios - 28
Habitação - 152
Produtos - 401
Saúde - 82
Serviços - 747
Total - 1.802

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