O preço do litro da gasolina em Curitiba deve ficar em média R$ 1,81 nesta sexta-feira, um aumento de R$ 0,06 ao valor atual. Isso sem contar a alta que o consumidor curitibano sentiu após o feriadão de 7 de Setembro. Na época, o litro do combustível passou de R$ 1,679 para R$ 1,75. Considerando o último mês, a alta total é de R$ 0,13 (7%).
De acordo com o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis (Sindicombustíveis), Roberto Fregonese, o aumento de hoje vai depender de vários fatores. Segundo ele, sempre que há alta do produto, o governo estadual aumenta a base de cálculo do Imposto sobre Circulação de Produtos e Serviços (ICMS), que atualmente é de R$ 1,834.
"Também precisamos ver se as refinadoras não vão agregar nenhum outro custo", disse. De acordo com Fregonese, o sindicato está orientando os empresários a não repassarem nada além do aumento proposto pelas refinarias. "Se vier mais caro do que estamos imaginando, vai ser repassado", afirmou.
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Fregonese criticou a política de preços dos combustíveis do governo federal. Segundo ele, o Brasil produz cerca de 80% do petróleo que consome, a um preço de US$ 8 o barril. "Mas o consumidor acaba pagando o equivalente a US$ 24, por causa de ações do governo", observou.
Investigação - O aumento do preço dos combustíveis vai atrapalhar o trabalho de investigação do Ministério Público sobre suposta formação de cartel nos postos da cidade. A suspeita surgiu após o aumento percebido no feriado de setembro, quando a maioria dos postos de Curitiba agiu igual e aumentou o litro da gasolina para R$ 1,75.
De acordo com o promotor da Procuradoria de Justiça e Defesa do Consumidor, Ralph Luiz Vidal dos Santos, vai ser enviado um ofício à Agência Nacional do Petróleo (ANP), buscando dados para auxiliar na investigação. "Seria mais fácil trabalhar se os preços estivessem estabilizados, porque amanhã (hoje) e nos próximos dias cada posto vai ter um preço", observou.
Santos disse que o relatório entregue pelo Procon-PR sobre o assunto não é conclusivo, e é preciso outras análises. "Temos que ver região por região. Foram cerca de 50 postos analisados, que é uma boa amostragem, mas não tanto para investigar formação de cartel", acrescentou.