A menos de três meses do leilão de privatização da Copel, o governo do Estado ainda não conseguiu encontrar uma maneira de evitar que parte do dinheiro da venda vá direto para os cofres do Banestado/Itaú. O repasse de R$ 500 milhões permitirá que governo pague a dívida da operação financeira que envolve títulos públicos dos governos de Alagoas e Santa Catarina e das prefeituras de Osasco e Guarulhos.
A transferência da verba foi garantida pelo governador Jaime Lerner num acordo assinado em 21 de dezembro do ano passado, em Brasília. Também assinaram o termo aditivo ao contrato o presidente em exercício do Banco Central, Daniel Luiz Gleizer; a procuradora-geral da Fazenda Nacional, Adriana Queiroz de Carvalho, e os diretores do Banestado/Itaú, Antonio Sivaldi Roberti Filho e Ronald Anton de Jongh. A operação foi necessária, porque o Estado estava prestes a perder 30% do controle acionário da Copel para o Itaú, o que representaria uma privatização branca. Hoje o Estado tem 31% do controle acionário da companhia de energia.
As ações da Copel estão caucionadas no Itaú por causa de uma operação desastrosa da Banestado Corretora, feita em 1998. O banco havia comprado títulos públicos emitidos de maneira fraudulenta.
Com o processo de saneamento do Banestado, o Banco Central exigiu que o governo assumisse o mico. O governo do Estado não tinha dinheiro para comprar os títulos podres e por isso deu as ações da Copel em garantia, colocando 20% a mais do valor real da operação. Em dezembro do ano passado, o Itaú passaria a ser o dono das ações da Copel, mas o documento assinado por Lerner, em Brasília, prorrogou o vencimento da caução para março de 2002.
Encurralado e sem recursos, o Estado foi obrigado a ceder às exigências do Itaú. O parágrafo quarto do aditivo determina que o governo use o dinheiro da privatização para pagar a dívida. "Na hipótese de alienação do controle acionário da Copel, o Estado liquidará o saldo devedor da dívida. O Banestado/Itaú fica autorizado a receber da instituição liquidante o respectivo valor", diz o texto.
A transferência da verba foi garantida pelo governador Jaime Lerner num acordo assinado em 21 de dezembro do ano passado, em Brasília. Também assinaram o termo aditivo ao contrato o presidente em exercício do Banco Central, Daniel Luiz Gleizer; a procuradora-geral da Fazenda Nacional, Adriana Queiroz de Carvalho, e os diretores do Banestado/Itaú, Antonio Sivaldi Roberti Filho e Ronald Anton de Jongh. A operação foi necessária, porque o Estado estava prestes a perder 30% do controle acionário da Copel para o Itaú, o que representaria uma privatização branca. Hoje o Estado tem 31% do controle acionário da companhia de energia.
As ações da Copel estão caucionadas no Itaú por causa de uma operação desastrosa da Banestado Corretora, feita em 1998. O banco havia comprado títulos públicos emitidos de maneira fraudulenta.
Com o processo de saneamento do Banestado, o Banco Central exigiu que o governo assumisse o mico. O governo do Estado não tinha dinheiro para comprar os títulos podres e por isso deu as ações da Copel em garantia, colocando 20% a mais do valor real da operação. Em dezembro do ano passado, o Itaú passaria a ser o dono das ações da Copel, mas o documento assinado por Lerner, em Brasília, prorrogou o vencimento da caução para março de 2002.
Encurralado e sem recursos, o Estado foi obrigado a ceder às exigências do Itaú. O parágrafo quarto do aditivo determina que o governo use o dinheiro da privatização para pagar a dívida. "Na hipótese de alienação do controle acionário da Copel, o Estado liquidará o saldo devedor da dívida. O Banestado/Itaú fica autorizado a receber da instituição liquidante o respectivo valor", diz o texto.