Continua quente a disputa jurídica sobre o leilão de venda da Copel. Depois que a Justiça Federal concedeu duas liminares, uma no final da manhã e outra no começo da tarde, suspendendo o leilão de privatização, o governo do Estado agiu rápido e, segundo fontes do próprio governo, conseguiu cassar as duas liminares. A decisão de cassar as liminares e de manter o leilão para esta quarta-feira, às 10h, na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, teria sido tomada pelo Tribunal Regional Federal, com sede no Rio Grande do Sul. O TRF, no entanto, ainda não divulgou oficialmente a cassação das liminares.
As duas liminares haviam sido concedidas por varas da Justiça Federal em Curitiba e se sustentaram por poucas horas. Uma das ações foi impetrada pelos Ministério Público Federal e Ministério Público Estadual. A outra, é de autoria do PSC, assinada pelo ex-secretário da Fazenda de Jaime Lerner, Giovani Gionédis. As duas questionavam o preço mínimo de venda estipulado para o leilão, que ficou em torno de R$ 5 bilhões. Na ação do MP, foi inclusive sugerido um outro valor, de R$ 11 bilhões.
A pedido do governo do Paraná, o governo do Rio de Janeiro já montou o esquema de segurança para a realização do leilão, nesta quarta-feira, no Rio. Toda a Praça 15 de Novembro está cercada por grades e cerca de 1,6 mil policiais cariocas estarão de prontidão para evitar as manifestações.
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O PMDB organizou uma caravana com manifestantes, em nome do Fórum de Entidades Contra a Privatização da Copel, que estariam a caminho do Rio de Janeiro. Não foram revelados o número de ônibus e manifestantes que deverão estar no Rio. Além disso, nesta terça-feira está marcada uma concentração às 17 horas, na Boca Maldita para depois seguir em passeata até o Palácio Iguaçu em protesto contra o leilão.