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Setor enfraquecido

IBGE: Indústria brasileira perde 28,6 mil empresas em intervalo de seis anos

Leonardo Vieceli/Folhapress
21 jul 2021 às 11:18
- Pixabay
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O setor industrial brasileiro perdeu 28,6 mil empresas no intervalo de seis anos, indicam dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).


O resultado, divulgado nesta quarta-feira (21), integra a Pesquisa Industrial Anual (PIA) 2019. O estudo não reflete ainda os impactos da pandemia de coronavírus, que prejudicou a atividade econômica a partir de 2020.

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Conforme o levantamento, o Brasil tinha 334,9 mil indústrias em 2013, maior nível da série histórica, com dados desde 2007. O montante passou a encolher a partir de 2014, quando a economia começou a registrar sinais de fragilidade. Houve seis quedas consecutivas até o número de empresas recuar para 306,3 mil em 2019 –dado mais recente à disposição.

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A perda de 28,6 mil operações (baixa de 8,5%) vem da comparação entre os resultados de 2019 e 2013.

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Synthia Santana, gerente de análise e disseminação de pesquisas estruturais do IBGE, afirma que a redução pode ser atribuída a pelo menos dois fatores.


O primeiro é a recessão que afetou a economia brasileira em 2015 e 2016. À época, a crise abalou a atividade de fábricas diversas.

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Além do período de dificuldades, parte dos grupos industriais pode ter optado por concentrar empresas em regiões estratégicas, conforme Synthia. Essa busca por diminuição de custos logísticos tende a resultar em número menor de plantas produtivas.


"Existem fatores conjunturais e estratégicos. Muitas vezes, há uma estratégia de reorganização das empresas para baratear custos. Outro aspecto é o fechamento em razão da crise", frisa.

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O número inferior de operações provoca reflexos no mercado de trabalho. A indústria é considerada um segmento intensivo em mão de obra, podendo gerar salários superiores aos de atividades como serviços e comércio.


Segundo o IBGE, o setor industrial empregava 7,6 milhões de pessoas em 2019. Isso significa que, desde 2013, o contingente ficou 15,6% menor. Em números absolutos, o resultado sinaliza perda de 1,4 milhão de postos de trabalho no período.

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Em média, a indústria somava 25 trabalhadores por empresa em 2019. À época, o setor pagava, em média, 3,2 salários mínimos para os funcionários.


Em termos absolutos, o ramo de confecção de artigos do vestuário e acessórios foi aquele que mais fechou fábricas entre 2013 e 2019. No período, o número de empresas do segmento encolheu de 54,6 mil para 37,4 mil. Ou seja, houve perda de 17,2 mil operações.

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A segunda principal baixa foi de produtos de metal (exceto máquinas e equipamentos). O setor teve redução de 5,6 mil empresas –de 40,4 mil para 34,8 mil.


Por outro lado, o ramo de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos registrou a maior alta entre 2013 e 2019. O setor teve acréscimo de 7,6 mil empresas, passando de 22,3 mil para 29,9 mil, conforme o IBGE.

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O instituto informou ainda que, em 2019, as 306,3 mil empresas industriais geraram R$ 3,6 trilhões de receita líquida de vendas. As unidades pagaram o total de R$ 313,1 bilhões em salários e outras remunerações para os 7,6 milhões de ocupados.


A fabricação de produtos alimentícios se manteve como a principal atividade industrial. Em 2019, representou 20,5% da receita líquida de vendas da indústria. A fatia é 3,3 pontos percentuais maior do que a registrada pela atividade no começo da década, em 2010 (17,2%).

No sentido contrário, o IBGE destaca que a fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias viu a participação encolher 3,1 pontos percentuais entre 2010 e 2019 (de 12,3% para 9,2%). Foi a maior variação negativa na participação.


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