A redução na cotação do dólar e nos preços dos combustíveis conjugada à entrada da safra agrícola causaram uma deflação de 0,26% em maio, segundo o IGP-M (Índice Geral de Preços de Mercado), calculado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas). Em abril, o indicador havia registrado inflação de 0,92%.
Essa é a primeira deflação registrada em um mês este ano. Até agora, somente algumas prévias mostravam recuo nos preços. O índice de 0,26% é também o maior desde maio de 1999, quando houve deflação de 0,29%.
No ano, o IGP-M acumula alta de 6,97% e, nos últimos 12 meses, de 31,53%. A queda no IGP-M serve de argumento para que o Banco Central reduza as taxas de juros (a selic está hoje em 26,5%). Além disso, o indicador é utilizado para reajustar as tarifas de energia elétrica e outros contratos.
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Os preços no atacado, segundo o IPA (Índice de Preços no Atacado), foram os responsáveis pela deflação: registraram queda de 1,11% após uma alta de 0,80% em abril.
Entretanto, mesmo com a redução da gasolina e do óleo diesel, os preços para o consumidor recuaram subindo, mas em menor velocidade. O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) atingiu 0,83% depois de alcançar 1,28% no mês anterior.
O INCC (Índice Nacional do Custo da Construção) passou de 0,81% para 2,98% entre abril e maio.
O IGP-M é calculado com base em preços coletados a partir do dia 21 do mês anterior até o dia 20 do mês de referência. O índice é formado pelo IPA, pelo IPC e pelo INCC, cujos pesos são, respectivamente, de 60%, 30% e 10%.