A inadimplência no mês de junho diminuiu 20% no Paraná em relação a maio, segundo dados da empresa Telecheque. O Estado está na contra-mão do que a empresa constatou no resto do Brasil, de aumento de 17% na falta de pagamentos em junho. A Serasa também registrou queda de pagamento em dia no País nos primeiros meses de 2001.
De acordo com números da Telecheque, o Paraná aumentou em 12% a movimentação de cheques em junho em comparação com o mês anterior. Para o gerente da filial regional da Telecheque, Geraldo Jackson da Silva, isso mostra que realmente está havendo queda na inadimplência, já que foi registrado aumento na movimentação. Ele disse que os principais clientes da empresa no Estado são supermercados e postos de combustível, que geralmente não parcelam muito os pagamentos, diminuindo o risco de inadimplência.
A Serasa registrou número recorde de atendimentos de janeiro a julho deste ano, totalizando 558.119 pessoas em todo o Brasil, 42,6% a mais do que no mesmo período do ano passado. A avaliação do órgão é que isso ocorreu pelo aumento da inadimplência, que por sua vez foi causada pelo aumento de parcelas concedidas pelas empresas. Estudos feitos pela Serasa mostram que até o final de 1999, os comerciantes ofereciam prazo de quatro meses no máximo. No ano passado, o número de parcelas aumentou para até 15 vezes.
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"Isso entusiasmou muita gente a consumir, mas quanto maior o número de parcelas mais difícil é para controlar as dívidas", explicou a assessoria de imprensa da empresa. Para a Serasa, pequenos lojistas resolveram oferecer prazos maiores para competir com as grandes lojas, mas eles não têm infra-estrutura suficiente para analisar se a pessoa que vai pagar em muitas parcelas tem condições financeira para quitar todas as dívidas.
Outra razão para o aumento de atendimentos feitos pela Serasa é o aumento de pessoas interessadas em quitar e renegociar dívidas. Nos primeiros meses de 2001, a Serasa apurou que 412.494 pessoas conseguiram regularizar dívidas pendentes.
O acerto de pendências mostra que a população em geral vai estar apta para voltar a consumir no segundo semestre, sinaliza pesquisas da Serasa. A Telecheque também prevê essa situação.