O governo do Estado teve a oportunidade de defender a privatização da Copel durante pelo menos meia hora domingo à noite no programa do economista Joelmir Beting, na TV Globo News. O secretário da Fazenda e presidente da Copel, Ingo Hubert, foi questionado pelo jornalista sobre os motivos que levaram o governo a querer vender a "melhor e mais lucrativa" companhia de energia do País. Ingo Hubert respondeu que num ambiente administrado apenas por empresas privadas, a Copel perderia em pouco tempo a competitividade.
Ingo Hubert afirmou que uma estatal está muito amarrada a leis e regulamentos que impedem a sua rapidez. O governo federal impôs ainda uma série de restrições para estimular a desestatização. "O BNDES não permite mais que uma empresa tome empréstimos do banco com juros mais baixos do que o do mercado", disse, na entrevista.
O ex-presidente da Copel, João Carlos Cascaes, encaminhou ontem aos jornais uma crítica à entrevista dada por Ingo Hubert. "A Copel sempre será competitiva, apesar das restrições que a política econômica gerou sobre as estatais. Essas limitações podem desaparecer por decreto ou pelo efeito das eleições do próximo ano", declarou Cascaes.