O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) registrou deflação de 0,03% nos 30 dias compreendidos entre 23 de maio a 22 de junho, mostrando recuo de 0,31 ponto percentual em relação à apuração anterior (0,28%).
Segundo analisou o economista Salomão Quadros, do Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas, responsável pela apuração do índice, esta foi a primeira variação negativa do IPC-S desde o início da série, em janeiro deste ano.O índice foi divulgado pela Andima no programa Conjuntura Econômica, transmitido nesta capital pela rede Brasil-TV E.
O grupo Alimentação foi o que teve maior desaceleração, de 0,56 ponto percentual, passando de 0,01% no mês até 14 de junho para –0,55% nesta apuração. Dez dos 20 conjuntos de produtos do grupo Alimentação estão com preços em queda.
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A FGV constatou que os itens que até meados de junho pressionaram fortemente o IPC-S (arroz e feijão e laticínios) estão cedendo. No caso do arroz e feijão, a taxa caiu de 6,14% para 3,50%. Já entre os laticínios,os preços caíram de 2,77% para 2,14%.
A desaceleração do índice foi sentida em todas as 12 capitais pesquisadas, apurando-se deflação em seis. As maiores reduções ocorreram em Porto Alegre e Fortaleza, onde as taxas caíram 0,60 ponto percentual cada, em função da influência decrescente da eletricidade residencial.
A taxa máxima (0,48%) continuou sendo registrada pela quarta semana consecutiva em Porto Alegre, enquanto a taxa mínima, de –0,42%, também se verificou pela quarta semana consecutiva no Distrito Federal.
A FGV analisou que a diferença de 0,90 ponto percentual entre as taxas máxima e mínima se deve em boa parte à diferença apurada no grupo Habitação. Em Porto Alegre, a variação foi de 1,98% e no Distrito Federal de 0,21%.