O Departamento de Indústria, Comércio e Serviços de Jacarezinho estima que, em um mês de racionamento, o município tenha perdido investimentos e cerca de 70 empregos. Os problemas foram provocados pelo recuo de duas empresas que iriam transferir suas instalações da região Sudeste para o município e confirma a possibilidade de fechamento de postos de trabalho, caso, não ocorra a revisão da meta de consumo de empresas locais estipulada pela Cia Luz e Força Santa Cruz, de Pirajú.
Um empresário que não quis se identificar admitiu que fez o pedido de revisão de meta de consumo e adiantou que, caso o pedido seja negado, vai transferir 60% da sua linha de produção para municípios próximos que não sejam incluídos na área atingida pelo plano de redução de energia elétrica do governo federal.
Segundo o empresário até o final do ano seu consumo iria subir de 24 mil KWh mensais para quase 100 mil KWh. Mas com a imposição do governo federal ele acredita que terá que demitir 40 funcionários.
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O diretor do Departamento de Indústria e Comércio de Jacarezinho, Silvio José Ferreira, anunciou que a prefeitura retomou o contato com indústrias interessadas em investir no município para tentar amenizar o impacto das medidas do governo federal. Ele lamentou a indefinição da situação e explicou que a expectativa era de expansão industrial com a aprovação pela Câmara, em junho, da lei de incentivo industrial.
Ferreira anunciou que além de negociar com novas empresas a prefeitura está apresentando documentos junto a Cia Luz e Força Santa Cruz para justificar os pedidos de revisão de empresas locais ameaçadas com multas e cortes no fornecimento. O gerente administrativo da concessionária Fábio Gomes adiantou que os pedidos estão sendo avaliados. Ele explicou que, apesar dos apelos das lideranças, não houve nenhuma alteração na deliberação da Câmara de Gestão da Crise Energética que incluiu os municípios de Ribeirão Claro e Jacarezinho no plano de racionamento.