Brasília - A intenção do Japão de adicionar, de maneira obrigatória, álcool combustível à gasolina, como forma de reduzir as emissões de gás carbônico na atmosfera, está obrigando o Brasil a rever as projeções para o mercado exportador de álcool.
Segundo o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Márcio Fortes, o Brasil precisaria investir mais de R$ 2,5 bilhões para atender, nos próximos anos, a demanda do mercado japonês pelo produto.
-Se os japoneses tornarem obrigatório o percentual de álcool na gasolina, o que deve ocorrer em alguns anos, vamos ter de aumentar a nossa produção de álcool em mais de 6 bilhões de litros-ano-, disse.
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Segundo ele, o Japão está adicionando álcool à gasolina de forma experimental e ainda não obrigatória. Ele informou que o governo japonês regulamentou, na semana passada, lei permitindo a adição de até 3% de álcool à gasolina, a partir de março de 2004.
Atualmente, o Brasil, maior produtor de álcool do mundo, produz cerca de 12,5 bilhões de litros do combustível. Países como Colômbia e Índia também estão negociando com Brasil a possibilidade de adicionar álcool etanol à gasolina.