Não foi a guerra de liminares que adiou o leilão de privatização da Copel, que estava marcado para esta quarta-feira, na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro. Na verdade, o adiamento aconteceu porque o leilão iria "micar", ou seja, não teria interessados para dar lances.
As empresas e consórcios que haviam confirmado interesse, teriam avisado o governo, às 17 horas, que não fariam o depósito de caução de R$ 400 milhões. Com isso todos estariam fora do leilão, que não se conretizaria e o governo teria que reiniciar todo o processo licitatório.
Esta é a versão que está correndo no mercado financeiro. Quem teria dado o telefonema ao governo do Estado seriam representantes da Tractebel, a principal concorrente. Ela estaria pedindo há alguns dias o adiamento do leilão, mas o governo do Estado estava irredutível. Como os outros consórcios também estavam recuando, decidiram todos dar um ultimato ao governo do Estado que se viu obrigado a fazer o adiamento.
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A expectativa do mercado é que, com isso, haja uma reestruturação dos consórcios concorrentes. A maior aposta é que a Tractebel e a Maromba (Vale do Rio Doce e Votorantin) se unam para fazer frente ao Garantia. Há quem aposte também que as composições acabem resultando em apenas um grupo interessado.