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Mais uma desistência oficial para o leilão da Copel

Carmem Murara - Folha do Paraná
17 out 2001 às 20:06

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A Copel corre o risco de ser disputada por duas ou no máximo três empresas até o dia do leilão, marcado para 31 de outubro na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro. As desistências das empresas não pararam de ocorrer nas últimas semanas. O mais novo recuo foi da norte-americana Duke Energie, que anunciou estar fora da disputa. A empresa belga Tractebel, considerada favorita, informou que ainda não recebeu aval da matriz para participar do leilão. O nome das participantes será confirmado segunda-feira, quando encerra o prazo da pré-qualificação.

O diretor da Tractebel no Brasil, Vitor Paranhos, declarou que há uma série de fatores que complicam a participação da empresa. "Continuamos interessados, mas o momento é ruim, há as dificuldades internacionais e o preço da Copel não está nada barato", afirmou. A Copel tem preço mínimo de R$ 4,32 bilhões.

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Paranhos disse ainda que a prova de que o momento é inapropriado é a desistência em massa das demais empresas. Até agora recuaram a Endesa, Duke Energie, AES, EDF e consórcio VBC (Votorantim, Bradesco e Camargo Corrêa). A Hydro Quebec também estaria fora do processo.

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Da mesma forma estaria a Cemig, que por ser uma estatal brasileira fica impedida de participar como acionista majoritária. Informações extra-oficiais são de que a alemã RWE também não quer mais comprar a Copel.


A italiana Enel Power sinalizou o desinteresse em ir ao leilão da Copel. A publicação "Relatório Reservado", destinado ao setor energético e financeiro, informa que a Enel recuou nos investimentos brasileiros. A empresa suspendeu construção de geradora no Maranhão e cancelou estudos para construção de termelétrica. "A Enel está quase fora do leilão da Copel, mas ela tem planos de comprar mais para frente a operação das linhas de transmissão da empresa", diz o texto.

Independente da onda de desistências, o governo garante que não vai desistir da venda da Copel, na data prevista, mesmo que apenas um comprador vá ao leilão. "Só participará quem tem cacife para bancar o preço mínimo", afirmou o governo, pela sua assessoria de imprensa.


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