O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, disse nesta quinta-feira que as conversas do governo brasileiro com o Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre a possibilidade de assinatura de um novo acordo ainda estão em andamento.
Segundo Meirelles, ainda não há qualquer definição sobre o possível valor do empréstimo. "Isso está prematuro, nós estamos em conversas iniciais e não tem nenhuma decisão tomada", garantiu. O jornal "O Globo", na edição desta quinta-feira, informa que o acordo preventivo com o organismo internacional seria no valor de US$ 10 bilhões.
A assessoria de imprensa do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, que está em Buenos Aires, confirma a informação de Meirelles. Segundo os assessores, o ministro afirmou que ainda não há definição sobre o novo acordo e que, portanto, não é possível estabelecer o valor do empréstimo.
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As conversas sobre os termos do acordo serão feitas no início de novembro, quando a missão do FMI chega ao Brasil para a última revisão do atual acordo, assinado no ano passado.
Sobre a captação de US$ 1,5 bilhão feita na quarta-feira pelo governo brasileiro no mercado internacional, Meirelles disse que a operação é um reflexo do momento vivido pela economia brasileira. "Foi uma captação de sucesso, não há dúvida, isso mostra o momento extremamente positivo que vive o Brasil. Os fatos falam por si", disse o presidente do BC.
A captação de ontem, feita com a emissão de bônus Global, foi a quinta e a maior venda de títulos da dívida externa do governo Lula. Os papéis têm prazo de sete anos, com vencimento em 22 de outubro de 2010 e foram emitidos com um "spread" de 561 pontos, ou seja, ao custo de 5,61% ao ano, acima do título de referência do Tesouro americano.