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Metalúrgicos conseguem reajuste e acabam a greve

Carmem Murara - Folha do Paraná
30 nov 2000 às 19:20

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Depois de quatro dias de greve, os metalúrgicos retornaram ao trabalho nas fábricas que fornecem componentes para as montadoras Volkswagen/Audi e Renault, na Região Metropolitana de Curitiba. Eles aceitaram o acordo feito com o sindicato das empresas que ofereceu um reajuste salarial de 8%, além de redução da jornada de trabalho em uma hora semanal.

A reposição salarial ficou acima da conquista das montadoras, que deram aos seus funcionários 6,96%. O Sindicato dos Metalúrgicos pedia uma reposição de 20%.

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O aumento foi superior para aproximar o piso salarial entre fornecedoras e montadoras. Quem trabalha numa das dez empresas do Pólo Industrial de Curitiba (PIC) - como é conhecido o local onde se concentram as fornecedoras diretas das montadoras - ganhava um piso mínimo de R$ 350,00. Com o reajuste, eles passarão a receber R$ 408,00. O Sindicato dos Metalúrgicos pedia R$ 420,00, mas concordou com a proposta patronal. O piso teve um aumento de 13%.

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A decisão de voltar ao trabalho foi tomada em uma assembléia feita no início da tarde, em frente ao portão de entrada da Audi. Os sindicalistas aproveitaram o início do segundo turno para liberar os metalúrgicos para o retorno ao trabalho.

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Pela manhã, os sindicalistas e os representantes das fornecedoras acompanharam o julgamento da legalidade da greve no Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Os juízes entenderam que a paralisação estava dentro das normas legais e, portanto, não poderia ser classificada como abusiva. Com essa decisão, os funcionários que aderiram à greve não terão os salários e os dias descontados. Eles não vão precisar repor os dias parados.


Os juízes surpreenderam tanto os metalúrgicos quanto as fornecedoras ao julgar o pedido de redução da jornada de trabalho. A decisão foi considerada "inédita", pelo Sindicato dos Metalúrgicos. O normal é haver um entendimento entre as partes. A partir de agora, os funcionários vão trabalhar 42 horas semanais e não mais 43, sem que isso represente redução proporcional no salário. A partir de 1º de outubro do próximo ano, será reduzida mais uma hora. A jornada semanal ficará com 41 horas.

A menor carga de trabalho entre as montadoras e fornecedoras é a da Volvo. Desde 1995, os funcionários da fábrica de caminhões e ônibus trabalham 40 horas semanais.


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