A direção do banco Itaú tem até quinta-feira, 1º de fevereiro, para explicar ao Ministério Público do Trabalho em Curitiba os critérios para demissões de funcionários e mudanças na política salarial do banco Banestado. A decisão foi tomada nesta sexta-feira, depois de uma audiência entre procuradores do Ministério do Trabalho, representantes de sindicato e federação de bancários e do banco Itaú.
As principais informações exigidas pelo Ministério Público do Trabalho são a respeito dos critérios de demissões, motivos para o corte no pagamento de horas-extras e redução salarial. "O banco está demitindo até portadores de LER (lesões por esforço repetitivo) e pessoas que têm liminar que impede demissões", lembra.
O objetivo da audiência era discutir os critérios para as demissões, mas os representantes do Itaú alegaram que esse assunto deveria ser tratado na mesa de negociações e não no Ministério do Trabalho. "Nós suspendemos as negociações porque o banco não vinha cumprindo os acordos", disse Isabel Cristina Ribas de Lima, secretária da Federação dos Trabalhadores de Empresas de Crédito (Fetec), que participou da audiência.
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Segundo Isabel Lima, a direção do Itaú está usando de má-fé para forçar demissões por justa causa de funcionários da ex-estatal. Até esta sexta-feira, já foram homologadas pelo sindicato dos bancários de Curitiba 176 demissões. "Só hoje foram mais 60 pessoas notificadas", disse. Esse números não consideram as demissões de funcionários de agências do interior do Estado.
Leia mais em reportagem de Emerson Cervi, na Folha do Paraná/Folha de Londrina deste sábado