É bastante expressivo o número de pais que afirmam dialogar com os filhos sobre a situação financeira familiar. Segundo pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), sete em cada dez entrevistados (69%) conversam em casa sobre assuntos relacionados a dinheiro. Esse percentual só não é maior pois 12% dos pais avaliam que os filhos ainda são muito jovens (menos de cinco anos) para participar da conversa. Apenas 19% dos entrevistados admitem que não mantêm esse tipo de diálogo.
O estudo indica, ainda, que os pais que sabem controlar seus gastos e só fazem compras quando realmente têm condições, tendem a conversar mais sobre dinheiro com os filhos. Entre os pais que sempre avaliam sua situação financeira antes de comprar um produto, 75% conversam com seus filhos sobre como lidar com dinheiro. Por outro lado, entre os que nunca ou somente às vezes avaliam sua situação financeira antes das compras, apenas 59% orientam os filhos sobre como lidar com dinheiro.
"Coerentemente, os pais que têm um bom conhecimento sobre suas próprias finanças, como, por exemplo, saber o valor das contas do próximo mês, são os que mais conversam com os filhos sobre como lidar com o dinheiro. Filhos de pais com pouco conhecimento de suas próprias finanças tendem a conversar menos com os filhos sobre dinheiro, o que dificulta a vida financeira futura dessas crianças", afirma José Vignoli, educador financeiro do portal Meu Bolso Feliz - iniciativa lançada pelo SPC Brasil para disseminar a educação financeira entre os consumidores.
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O percentual de 69% dos que dialogam sobe para 75% entre os que têm bom conhecimento sobre suas finanças e cai para 64% entre os que têm baixo ou nenhum conhecimento sobre sua vida financeira.
Outra constatação do levantamento é que o hábito de conversar com os filhos não se mostrou diretamente relacionado à renda domiciliar. Entre os entrevistados com renda domiciliar de até R$ 1.950,00, 63% conversam com seus filhos. O número não é estatisticamente diferente dos 72% dos pais com renda acima de R$ 1.950 que afirmam manter algum tipo de diálogo sobre dinheiro com os filhos.