O medo de perder o emprego cresceu entre os brasileiros em junho. O Índice de Medo do Desemprego (IMD), calculado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), subiu de 73,5 pontos para 74,7 pontos entre março e junho, um crescimento de 1,6%. O dado faz parte da pesquisa 'Termômetros da Sociedade Brasileira', divulgada há pouco pela CNI.
Segundo o levantamento, o medo do desemprego foi maior entre as pessoas mais jovens (77 pontos) e entre os mais idosos (76,4 pontos). Mesmo com o aumento, a CNI avalia que o índice permanece baixo. Em 1999, primeiro ano da série, o índice ficou na casa dos 110 pontos, o pior resultado da série.
A pesquisa também traz o Índice de Satisfação com a Vida (ISV). Em junho, o indicador recuou 0,6% em relação a março, mas mesmo assim se mantém elevado, aponta a CNI, registrando 104,2 pontos. O ISV é de base 100. Quanto maior o número, maior a satisfação com a vida em geral.
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Os dois índices analisados em conjunto sugerem que o brasileiro ainda está disposto a continuar consumindo, explica o gerente-executivo de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato Fonseca. "Apesar da perda de ritmo do crescimento na economia, o brasileiro, de um modo geral, continua confiante quanto a manter seu emprego. O índice está elevado. E como as pessoas permanecem satisfeitas, ainda não há motivos para preocupações do brasileiro", argumenta Fonseca.
A pesquisa 'Termômetros da Sociedade Brasileira' é trimestral e realizada em parceria com o Ibope Inteligência. Esta edição do estudo ouviu 2.002 pessoas em 141 municípios entre os dias 16 e 19 de junho.