A Associação Comercial e Industrial de Londrina (ACIL) divulgou nesta terça-feira (23) carta aberta ao governador Beto Richa (PSDB) criticando a pesada carga tributária do estado, principalmente depois da aprovação do 'tratoraço' no final do ano passado que aumentou a alíquota do ICMS de até 95 mil produtos de consumo popular.
"As empresas do Paraná estão morrendo. As empresas estão fechando as portas porque não suportam mais a carga de impostos a que foram submetidas. O aumento do ICMS, já no início deste mandato, foi um duro golpe, que está inviabilizando a produção e a circulação de mercadorias no Estado. Com esse peso tributário nas costas do empresariado, torna-se cada vez mais difícil – e muitas vezes impossível – investir em produtividade, algo indispensável para a superação da crise. Ninguém mais suporta conviver com esses impostos pela hora da morte. Os empresários simplesmente não conseguem mais dar conta de cumprir com essas obrigações tributárias desvinculadas da realidade. É preciso baixar impostos – agora! Já está mais do que provado, pela ciência econômica, que uma carga reduzida de tributos acabará por favorecer a receita do setor público. Empresa fechada não paga imposto."
No documento, assinado pela diretoria executiva, a entidade sugere corte de gastos da máquina pública para manter o estado funcionando. "É necessário colocar em prática um programa emergencial para reforma do Estado, com redução do número de secretarias; extinção maciça de cargos comissionados; desestatização de setores que podem ser conduzidos com muito mais eficiência pela iniciativa privada; e fim dos privilégios aos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. É preciso cortar na carne, governador".
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"A classe empresarial e a imensa maioria da população paranaense já tiveram sua cota de sacrifício. Agora, Senhor Governador, é preciso olhar para o amanhã e ter um gesto de grandeza para correção dos equívocos do passado com planejamento do futuro. Só assim vamos vencer a crise e recuperar a esperança do empresário e do cidadão paranaense", finaliza o documento.