A adaptação dos equipamentos bancários para leitura das novas cédulas de real, com tamanho diferenciado em função do valor, será rápida e não resultará em problemas para as instituições. A afirmação é do diretor de Administração do Banco Central (BC), Anthero Meirelles.
Nesta quarta (3), foram lançadas as novas cédulas pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, e pelo presidente do BC, Henrique Meirelles. "Só será necessária a troca dos cassetes dos caixas [eletrônicos], para adaptá-los [às novas dimensões]", estimou Anthero.
As notas de R$ 50 e de R$ 100 começarão a circular já no primeiro semestre de 2010, enquanto as de R$ 10 e de R$ 20 deverão ter a circulação iniciada a partir de 2011, e as de R$ 2 e de R$ 5 em 2012. O presidente da Casa da Moeda do Brasil, Luiz Felipe Denucci, disse, durante o lançamento das cédulas, que terá condições de começar a formar estoque para o BC em abril.
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"Foram investidos R$ 400 milhões na modernização do parque da Casa da Moeda", informou Denucci. Segundo ele, o custo do milheiro para a fabricação da nova cédula será próximo a R$ 200, valor de 25% a 28% maior do que o pago para a confecção das cédulas anteriores (cerca de R$ 168). A expectativa dos técnicos do BC é de que as novas cédulas tenham 30% a mais de vida útil que as antigas.
O prejuízo que o país tem com a falsificação de cédulas chegou a R$ 23 milhões em 2009. No ano anterior, foi de R$ 28 milhões. "Há cerca de 143 notas falsificadas por milhão em circulação. Antes, eram 200 por milhão", disse Anthero. Com os itens de segurança adotados – que incluem tintas magnéticas e tintas oticamente variáveis, com elementos visíveis apenas sob lâmpadas especiais – o BC espera reduzir o índice de falsificação.
No Brasil, circulam atualmente 4,2 bilhões de cédulas, o que corresponde, em termos financeiros, a R$ 115 bilhões.