A agência Fitch elevou hoje a perspectiva do rating (classificação de risco) do Brasil de estável para positiva e reafirmou o rating de probabilidade de inadimplência do emissor (IDRs, na sigla em inglês) para moeda local e estrangeira de longo prazo do Brasil em BBB-. A agência também confirmou o IDR de curto prazo do Brasil em F3 e o teto do rating do país em BBB.
A revisão da perspectiva reflete o desempenho econômico do Brasil em meio à recessão global, considerado melhor que o esperado. Este fator, somado a políticas econômicas relativamente prudentes, deve permitir que a renda per capita e a taxa de solvência fiscal do país aumentem constantemente durante o período previsto. A Fitch não espera uma mudança significativa na direção das políticas econômicas após as eleições presidenciais de outubro.
Um sistema de política macroeconômica prudente, suportado pelos regimes de meta inflacionária e taxa de câmbio flexível, uma balança comercial externa forte, um setor financeiro saudável e um consenso sobre a direção das principais políticas econômicas entre os grandes partidos políticos sustentam a classificação de investimento do Brasil. Estes fatores compensam suficientemente as fragilidades de crédito do Brasil, como as finanças públicas estruturalmente fracas e o pesado déficit público, além das baixas taxas de poupança e de investimento, que impedem um crescimento maior.