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Agência Fitch vê futuro estável no Brasil

Agência Estado
25 out 2011 às 14:17

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A agência de classificação de risco Fitch reiterou hoje a nota (rating) BBB do Brasil, com perspectiva estável. A agência afirmou que a nota do País tem o suporte de um sistema bancário saudável. A Fitch afirma em comunicado que o rating brasileiro é apoiado por um forte colchão de liquidez externa, com reservas internacionais em US$ 350,6 bilhões. Ainda segundo a agência, o Brasil também é sustentado por seu status de credor externo líquido.

A agência advertiu, porém, que a economia do Brasil desacelerou "notavelmente" em 2011, graças ao aperto das políticas monetária e fiscal. Segundo a agência, o crescimento econômico do País no próximo ano também será afetado pela instabilidade externa. No médio prazo, a Fitch afirma que o Brasil tem perspectivas favoráveis de crescimento.

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"Ainda que o Brasil deva crescer abaixo de sua taxa potencial em 2011 e 2012, suas métricas fiscais e de crédito externo não devem ser materialmente afetadas pela desaceleração econômica", afirmou Shelly Shetty, chefe de ratings soberanos para América Latina da Fitch.

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A agência de classificação de risco destaca que o crescimento do crédito desacelerou, em resposta ao aperto monetário e a medidas macroprudenciais introduzidas pelo Banco Central (BC). Por outro lado, as pressões inflacionárias seguem presentes, e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve fechar 2011 perto do patamar superior a 2 pontos porcentuais acima do centro da meta de 4,5%. Apesar a inflação relativamente elevada e das expectativas desfavoráveis de inflação, o BC recentemente começou a reduzir a taxa básica de juros, para reduzir o impacto da crise financeira internacional no Brasil.

Na opinião da Fitch, ainda que o regime de metas de inflação permaneça intacto, a reversão da piora na dinâmica da inflação dará suporte à manutenção da estabilidade econômica e da credibilidade do regime monetário. A Fitch acredita atualmente que o BC tomará as medidas necessárias para evitar uma dinâmica instável da inflação.


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