Agricultores rurais reagiram negativamente ao pacote apresentado pelo governo. Assim que o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, terminou a apresentação do Plano Safra, eles ameaçaram voltar com os protestos. Em Londrina, o anúncio das medidas foi acompanhado pela tevê por um grupo de agricultores visivelmente tensos que estavam em vigília na sede do Sindicato Rural desde terça-feira, dia em que bloquearem a agência do Banco do Brasil. A maioria deles "está na estrada" desde o dia 9, quando bloquearam o trânsito ferroviário em Rolândia e depois em várias cidades do Norte do Paraná.
Os agricultores devem se reunir nesta sexta-feira (26) para decidir o que fazer, mas foram unânimes em reprovar as medidas, principalmente as que se referem à prorrogação de suas dívidas e a falta de garantia imediata de preços mínimos.
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* O governo vai liberar R$ 60 bilhões para o setor agrícola. Deste total, R$ 50 bilhões irão para a agricultura comercial e R$ 10 bilhões irão para a agricultura familiar.
* O governo vai destinar R$ 8,6 bilhões para investimentos do setor agrícola com recursos oriundos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), dos fundos constitucionais e de outras fontes. Houve uma redução na taxa de juros cobrada nesses empréstimos.
* O governo prorrogou parte dos créditos de custeio da safra 2005/06, que deverão ser pagas no prazo de quatro anos em parcelas anuais. A primeira parcela vencerá 12 meses após a data da repactuação. O montante que será prorrogado variará de acordo com a região e produto, com base em alguns critérios.
>> Leia todos os detalhes na edição desta sexta-feira da Folha de Londrina, em Economia.