Os pacotes de ajuda anunciados neste ano pelo governo permitiram que os produtores rurais renegociassem R$ 20 bilhões em dívidas, estimou o ministro da Agricultura, Luís Carlos Guedes Pinto, ontem pela manhã, em reunião do Fórum Nacional de Secretários de Agricultura. Segundo o ministro, as renegociações beneficiaram mais de 90% dos produtores rurais do País. "Acho que atendeu mais. A grande maioria dos produtores foi alcançada", comentou.
Estimativas da Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados mostram que R$ 12,4 bilhões não puderam ser renegociados, pois o governo não autorizou o alongamento dos débitos. Produtores de cacau e café, por exemplo, ficaram de fora dos pacotes de ajuda anunciados pelo governo. Guedes Pinto admitiu que, de forma localizada, "um ponto ou outro" possa ter ficado fora dos pacotes.
O prazo para que os produtores procurassem os bancos para pedir a renegociação das dívidas de custeio e investimento terminou na segunda-feira (31). Quem pediu prorrogação obteve um prazo adicional de até um ano após o vencimento da última parcela, regra que vale para os investimentos. Para o custeio, o alongamento pôde ser feito em até cinco anos, com 12 meses de carência.
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Além da renegociação dos débitos, o ministro lembrou que o governo ofereceu neste ano R$ 2 bilhões para apoiar a comercialização de parte da safra. Esse apoio pôde ser feito por meio de compras diretas e com o pagamento de subsídio para transporte de grãos de regiões produtoras para Estados consumidores.
Seguro - Durante a reunião com os secretários de Agricultura, Guedes Pinto defendeu maiores investimentos públicos no seguro rural. O governo federal deve gastar R$ 42,6 milhões com o prêmio do seguro rural neste ano.