Os preços dos alimentos, que continuaram diminuindo o ritmo de alta, ajudaram a baixar a taxa do Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) de 0,53% em fevereiro para 0,25% em março.
De acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa relativa aos alimentos passou de 0,29% em fevereiro para 0,22% em março. As carnes, que tiveram queda de 1,57% no período, exerceram a principal pressão para baixo no índice de março, tendo contribuído com -0,04 ponto percentual.
Outros alimentos que também ficaram mais baratos no período foram o tomate (de -3,82% para -16,33%), o açúcar cristal (de -1,82% para -2,57%) e o queijo (de 0,57% para -0,85%). Já entre os que pesaram mais no bolso do consumidor estão a cebola (de 1,13% para 15,36%), o feijão-preto (de 9,76% para 7,68%) e as frutas (de 0,58% para 4,7%).
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Os grupos artigos de residência (de 0,22% para -0,31%) e comunicação (de 0,03% para -0,49%) também pressionaram para baixo o IPCA-15 de março.
As despesas pessoais (de 1,07% para 0,6%) tiveram alta menos intensa do que em fevereiro, com a contribuição do item empregado doméstico (de 1,78% para 1,38%). O mesmo movimento foi observado em habitação (de 0,48% para 0,44%), com a influência dos preços de aluguel residencial (de 1,2% para 0,45%) e de condomínio (de 0,68% para 0,48%).
Já os gastos com vestuário (de -0,33% para 0,16%) e transportes (de -0,05% para 0,11%) subiram no período.
Entre as regiões, Recife (0,82%) apresentou o maior índice, que foi pressionado pelo item empregado doméstico (7,81%), além dos ônibus urbanos (2,04%) e intermunicipal (6,83%). Já a menor taxa foi observada no Rio de Janeiro (-0,06%) com a influência dos empregados domésticos (-3,22%) e dos alimentos (-0,02%).
Para calcular o IPCA-15, foram coletados preços entre 11 de fevereiro e 14 de março e comparados àqueles vigentes de 14 de janeiro a 10 de fevereiro de 2012 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de até 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, de Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a diferença está no período de coleta dos preços.