A alta nos preços dos alimentos já chegou a 6,43% no acumulado deste ano até setembro, aproximando-se do aumento verificado durante todo o ano de 2011, quando foi de 7,18%. A informação foi divulgada nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Nos últimos 12 meses até setembro, a alta acumulada nos alimentos é de 9,51%.
Além disso, a variação positiva de 1,26% registrada pelo grupo alimentação e bebidas em setembro foi a maior taxa para o mês desde 2002, quando ficou em 1,96%. Em relação aos meses anteriores, a alta foi a mais expressiva desde dezembro de 2010, quando os preços desse grupo aumentaram 1,32%.
"Alguns alimentos aparecem com redução de área plantada, por isso tiveram produção bem menor, como o arroz. Aliado a isso, temos a seca tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos e na Rússia, o que fez com que a produção diminuísse para vários alimentos, como soja e milho", justificou Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE.
Leia mais:
Um terço das famílias brasileiras sobreviveu com renda de até R$ 500 por mês em 2021, mostra FGV
Taxa de desemprego no Brasil cai para 9,8%, segundo IBGE
Termina nesta terça o prazo para entrega da declaração do Imposto de Renda
Número de inadimplentes de Londrina cai 14% em abril, segundo dados do SPC
O grupo alimentação e bebidas tem peso de 23,55% na formação do IPCA e é o principal impacto sobre a inflação. Na sequência, está o grupo transportes, com peso de 19,70%.