Um aumento no preço da gasolina em 5% nas bombas, como prevê a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) divulgada nesta quinta-feira, 24, seria insuficiente para atender à previsão do plano de negócios da Petrobrás para o período 2012-2016.
A companhia pôs como premissa do plano, para conseguir financiar o aumento nos investimentos da empresa até 2016, para US$ 236,5 bilhões, 15% de reajuste para gasolina e 15% para diesel. Em 25 de junho do ano passado, a gasolina foi reajustada nas refinarias em 7,83%. Agora, faltariam cerca de 7% para que a previsão da estatal fosse atendida.
O diesel recebeu dois reajustes, um de 3,94%, em junho, e outro de 6%, em julho. A ata do Copom não faz menção a diesel, combustível que tem maior impacto para o caixa da empresa.
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Uma das possibilidades do governo para chegar ao porcentual pedido pela companhia, sem um repasse integral às bombas, seria cortar tributos. Até agora, o governo compensava reajustes com a redução da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), instituída em 2001 sobre a importação e a comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados. A Cide, no entanto, foi zerada no reajuste do ano passado e não pode ser mais usada como colchão.
Nos corredores da Petrobrás, havia expectativa ontem à tarde de que o reajuste sairia à noite.
O preço praticado ao consumidor é composto por três parcelas, realização do produtor ou importador, tributos e margens de comercialização. O preço da gasolina ao consumidor responde à seguinte composição: 18% ficam com distribuição e revenda, 10% com custo etanol anidro, 28% com ICMS, 8% Cide e PIS/PASEP e Cofins e 36% de realização da Petrobrás.
O ICMS não deve ser reduzido, já que isso dependeria de uma remota possibilidade de acordo entre todos os Estados. As informações são do jornal O Estado de São Paulo.