A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) notificou nesta terça-feira (2) a companhia aérea GOL e a Infraero, responsável pelo Aeroporto de Foz do Iguaçu para que, em dois dias, prestem informações sobre o embarque da passageira com deficiência no voo 1076 na madrugada de segunda-feira (1).
Katya Hemelrijk, de 38 anos, precisava de um equipamento especial para entrar na aeronave com segurança, no entanto, o aparelho não foi disponibilizado. A mulher é vítima de uma doença genética rara conhecida como "síndrome dos ossos de cristal".
"As irregularidades na conduta da companhia e/ou do operador perante à Resolução nº. 280/2013 da Anac, que trata de passageiros que demandam atendimento especial no transporte aéreo, resultarão em autuações que podem gerar até R$ 300 mil em multas para a empresa aérea e ao operador do aeroporto", informa a agência.
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Sem assistência da companhia, a passageira cadeirante teve que entrar na aeronave se arrastando pela escada, já que o embarque de forma inadequada por pode provocar grave lesões na passageira.
"Ofereceram para me carregar no colo, o que não aceitei. Há risco de me machucar com gravidade, de quebrar uma perna por me pegarem de forma errada. Como não havia condições dignas para que eu embarcasse, subi por conta própria. Fui me arrastando, de bumbum", contou Katya à Folha de São Paulo.