O mês de setembro começou com os investidores e analistas do mercado financeiro prevendo um leve aumento da inflação apurada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
De acordo com a pesquisa do Banco Central realizada até o último dia 4 e divulgada hoje no boletim Focus, o índice adotado pelo governo para fixar as metas de inflação pode ficar em 4,30% no final do ano e não mais 4,29%, como estimado anteriormente.
A taxa de câmbio ficaria estável em R$ 1,85 e a taxa básica de juros (Selic) também estável em 8,75%. Ou seja, pela pesquisa analistas e investidores estão convictos de que o Comitê de Política Monetária do Banco Central não deve realizar mais nenhuma redução na taxa básica até o final do ano, permanecendo o mesmo valor já mantido na última reunião na semana passada.
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A projeção para a dívida líquida do setor público em comparação com o Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de bens e serviços produzidos no país - elevou-se pela quarta semana consecutiva com a estimativa passando para 42,50% ante os 42,43% da pesquisa anterior realizada até o dia 28 de agosto.
Quando se trata de crescimento da economia, o humor dos analistas melhorou, com o PIB invertendo a curva decrescente para ascendente com o indicador passando de -0,30% para -0,16%. A produção industrial, porém, passou a indicar queda de -6,93% para -7,35%.
Na avaliação do mercado financeiro, o saldo da balança comercial fecharia o ano em US$ 24,30 bilhões e os investimentos estrangeiros diretos em US$ 25 bilhões. Isso não evitaria, no entanto, um deficit em conta corrente ( um dos principais indicadores das contas externas do país) de US$ -15,05 bilhões até dezembro.
Para 2010, o cenário permanece estável para o IPCA em 4,30%, e para a taxa de câmbio, em R$ 1,85 no mesmo período. A taxa básica sofreria uma elevação para 9,25% e a relação entre a dívida pública líquida e o PIB seria de 40,95%, comparativamente menor do que a deste ano, estimada em 42,50%.
Sobre as estimativas do mercado financeiro para o saldo em conta corrente, a expectativa é que daqui a 16 meses o déficit aumente para US$ 22,20 bilhões, com o saldo da balança comercial em US$ 18, bilhões, bem menor do que a de 2009, quando os analistas estimam que poderá fechar em US$ 24,30 bilhões e os investimentos estrangeiros diretos, em US$ 30 bilhões, mais US$ 5 bilhões do que em 2009.