O superintendente de Serviços Públicos da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) na audiência, Roberto Pinto Martins, disse nesta terça-feira (7) que a agencia passará a fiscalizar a qualidade do serviço de banda larga, fixo e móvel. Segundo ele, a partir do ano que vem será exigido que as operadoras forneçam no mínimo 60% da velocidade pela qual os clientes estão pagando. Atualmente, as empresas de telefonia oferecem apenas cerca de 10% das velocidades previstas nos contratos.
As declarações foram dadas em audiência pública da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, sobre a implantação do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL).
Também presente, o conselheiro do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) Demi Getschko defendeu que o consumidor precisa ter acesso a conexões confiáveis e estáveis. Ele confirmou que a velocidade oferecida pelas empresas muitas vezes não é aquela que chega aos usuários. "Ela depende do número de pessoas usando o serviço ao mesmo tempo", explicou.
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O diretor-executivo do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil), Eduardo Levy, protestou contra a futura exigência. Para ele, ao exigir que as operadoras cumpram parcialmente seus contratos, o País estaria "na contramão do que outros países estão fazendo".