O diretor de Controle e Monitoramento Sanitário da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), José Agenor da Silva, afirmou há pouco que o órgão regulador não foi comunicado oficialmente do problema ocorrido com o suco AdeS, que teve um lote contaminado com soda cáustica. Segundo ele, as secretarias de Saúde de Minas Gerais e de Pouso Alegre também não foram alertadas pela empresa.
Pouco antes, na audiência pública da Comissão de Defesa do Consumidor, o vice-presidente da Unilever Brasil, Newman Debs, havia dito que a empresa comunicou oficialmente as autoridades competentes tão logo soube da falha ocorrida na fábrica de Pouso Alegre. De acordo com o diretor da Anvisa, no entanto, a agência soube do caso pela imprensa e, a partir daí, pediu explicações da empresa.
José Agenor afirmou que a Anvisa estuda se cabe penalização à empresa. "Não posso antecipar se haverá multa ou não", disse. Ele informou ainda que a Secretaria de Saúde de Minas está finalizando um relatório de inspeção sobre o caso.
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Nova norma
O diretor da Anvisa informou que a agência está concluindo uma norma relativa a recall de produtos alimentícios. Essa norma encontra-se sob avaliação do setor jurídico da Anvisa e, depois, será posta em consulta pública.
De acordo com José Agenor, desde 2007 a Anvisa detecta problemas no recall desse tipo de produto, por isso a norma está sendo aperfeiçoada.
Unilever
O vice-presidente da Unilever ressaltou, na audiência, que a empresa adota "controles redundantes" no processo de fabricação, mas que não foram suficientes para evitar a contaminação do suco. Por isso, segundo Newman Debs, esse controle será intensificado, assim como o investimento em treinamento de pessoal.
Debs acrescentou que será ampliado o tamanho da amostragem e o período de retenção de produtos que são submetidos a análise laboratorial após o processo de embalagem.