O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR) efetuou uma pesquisa de valoração salarial dos profissionais de Engenharia, Agronomia e Geociências, realizada de agosto a outubro nos 399 municípios do Estado.
O objetivo principal da pesquisa – feita pelas 8 Regionais do Conselho junto aos Departamentos de Recursos Humanos das prefeituras para obter os dados que se referem aos salários iniciais de ingresso na carreira – foi conhecer a situação salarial no setor público municipal, que emprega grande quantidade de profissionais.
De acordo com os dados obtidos, a média salarial dos profissionais de nível superior nas prefeituras é de aproximadamente R$ 2.900,00.
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"Considerando que o piso salarial definido em lei federal é de R$ 4.344,00 para seis horas diárias, a pesquisa permite concluir que os valores pagos pela maioria das prefeituras está aquém do piso definido em lei", diz o gerente da Regional Ponta Grossa do Crea-PR, engenheiro agrônomo Vander Moreno, que coordenou o estudo. "A pesquisa mostrou que os profissionais de nível superior do Sistema Confea/Crea são mais valorizados em termos salariais em 29 municípios que cumprem com o piso salarial estabelecido na Lei Federal 4950-A/66, para os profissionais de nível superior de todas as modalidades", completa.
Os municípios em questão são: Prado Ferreira, General Carneir, Ivaiporã, Pato Bragado, Jaguapitá, Joaquim Távora, São Mateus do Sul, Sapopema, Marumbi, Santa Izabel do Oeste, Guamiranga, Alto Paraná, Porto Amazonas, Maringá, Espigão Alto do Iguaçu, São João do Ivaí, Ribeirão Claro, Nova Cantu, Barra do Jacaré, Nova Laranjeiras, Santa Helena, Rolândia, Nova Santa Rosa, Bituruna, Cruzeiro do Iguaçu, Curiúva, Nova Prata do Iguaçu, Uniflor e Florestópolis.
"Desses 29 municípios, apenas Maringá e Rolândia estão entre os 30 maiores municípios do Estado, em termos de população, mostrando que a valorização salarial dos profissionais é possível em todos os municípios, independentemente do porte", comenta Moreno.
A pesquisa também identificou os municípios com piores salários oferecidos aos profissionais de nível superior: Lobato, Nova Olímpia, Jussara, Peabiru, Conselheiro Mairinck, Cruz Maltina, Itambé, Floresta, Espigão Alto do Iguaçu e Atalaia.
Londrina, por sua vez, não paga o piso salarial para nenhuma das funções pesquisadas.
As informações geradas pela pesquisa estão disponíveis no site www.crea-pr.org.br, no SIG (Sistema de Informações Geográficas), que permite identificar todos os cargos técnicos existentes na estrutura funcional de cada município do Paraná e os respectivos salários iniciais de carreira.