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Em Londrina

Após assembleias, operários de shopping mantém greve

Guilherme Batista - Redação Bonde
14 ago 2012 às 19:41

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- Marcos Zanutto/Equipe Folha
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Os mais de 800 trabalhadores da obra de construção do Boulevard Londrina Shopping, em frente ao Marco Zero (zona leste), vão continuar em greve. Eles cruzaram os braços durante a manhã desta terça-feira (13) e devem continuar com os serviços paralisados pelo menos até o início da manhã desta quarta (14), quando as propostas discutidas com a empresa OAS, em duas assembleias realizadas nesta tarde, serão apresentadas aos profissionais. "Tivemos alguns avanços, mas outros pontos continuam aquém do desejado. Os trabalhadores é que vão decidir se o que foi oferecido pela construtora é ou não viável para o retorno dos trabalhos", explicou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil (Sintracom), Denílson Pestana.

Durante as negociações, segundo Pestana, a empresa aceitou oferecer o reajuste de 11% aos trabalhadores. "Metade do percentual será concedida já com o pagamento do vencimento referente ao mês passado e a outra metade será quitada no próximo dia 22, junto com o vale-alimentação", contou.

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A construtora OAS se comprometeu, ainda, a melhorar a qualidade dos alojamentos e da alimentação dos profissionais. "A situação precária das moradias provisórias deixa, em muitas vezes, o operário doente e desanimado para o trabalho. Mostramos para a empresa que as readequações vão trazer benefícios para a própria obra", ressaltou o presidente do Sintracom.

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Outro ponto resolvido pela empresa está relacionado às viagens feitas pelos funcionários aos estados de origem. Grande parte deles veio do nordeste. Os operários acordaram com a construtora que teriam direito a uma semana de folga, a cada 120 dias, para visitar os familiares. No entanto, o benefício não estava sendo oferecido pela empresa OAS. "Eles admitiram o atraso e já marcaram viagens para os próximos dias 18, 25 e 31. Agora, o operário beneficiado com a viagem será avisado com 15 dias de antecedência para se preparar e terá um prazo, também de duas semanas, para remarcar a viagem. Tudo será publicado no mural dos trabalhadores, para que eles possam se planejar", detalhou o sindicalista.


Denílson Pestana também listou reivindicações que ainda estão pendentes, como a eliminação do aviso prévio, solicitada pelos trabalhadores, mas negada pela empresa, e o abono de R$ 800, que ainda está em negociação. "A construtora também aceitou dar folga aos operários nos sábados e duas horas livres, no dia do pagamento, para que eles façam as transferências bancárias necessárias. Como são de fora, muitos operários precisam ir aos bancos para mandar o dinheiro aos familiares e, quase sempre, não têm tempo para isso", argumentou.

Os operários se reúnem em assembleia às 8h30 desta quarta-feira (15) no canteiro de obras do shopping em construção. Se acatarem às propostas da OAS, o trabalho será retomado de imediato. Caso não concordem com o que foi oferecido, os trabalhadores prometem continuar com os braços cruzados.


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