A categoria de motoristas e cobradores de ônibus de Curitiba e região comunicou formalmente à Justiça do Trabalho o encerramento da greve iniciada nesta semana, depois de as empresas do transporte coletivo terem depositado integralmente o adiantamento salarial de janeiro, conforme acordo em audiência no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-PR).
Segundo o acordo, proposto pelo Ministério Público do Trabalho e homologado pelo desembargador Luiz Eduardo Gunther, pelo menos 80% dos ônibus deveriam retornar às ruas de Curitiba após a audiência de terça-feira (27). A totalidade da frota deveria circular assim que fosse depositado o vale de 40% do salário de janeiro. O cumprimento das determinações será analisado pelo Juízo dentro do processo de dissídio coletivo de greve, conforme relatórios do Centro de Controle Operacional da Prefeitura de Curitiba e diligências de oficiais de Justiça.
A solução para encerrar a paralisação foi possível depois que a Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (COMEC) se comprometeu a providenciar o pagamento de parte de uma dívida com o sistema, depositando R$ 5 milhões na conta da URBS e diretamente para algumas empresas, de forma a quitar o atraso no vale.
Leia mais:
Um terço das famílias brasileiras sobreviveu com renda de até R$ 500 por mês em 2021, mostra FGV
Taxa de desemprego no Brasil cai para 9,8%, segundo IBGE
Termina nesta terça o prazo para entrega da declaração do Imposto de Renda
Número de inadimplentes de Londrina cai 14% em abril, segundo dados do SPC
O foco da audiência na terça-feira foi o retorno dos ônibus às ruas e a definição do pagamento do atraso salarial. Outras reivindicações e questões relacionadas aos dias parados e à aplicação de multas por descumprimento de ordem judicial vão ser discutidas na sequência. No dia 5 de fevereiro haverá nova audiência no TRT-PR, às 14h30, para prosseguimento do dissídio envolvendo discussões relativas à data-base de motoristas e cobradores.
Antes, no dia 2 de fevereiro, haverá reunião na Superintendência do Ministério do Trabalho e Emprego para tratar do atraso no recolhimento do FGTS e pagamento de férias por parte de algumas empresas.