Mais uma vez o governo da presidente Cristina Kirchner usa as licenças não-automáticas para atrasar a entrada de produtos importados, até mesmo do Brasil. Agora, o alvo das demoras na liberação das licenças são as máquinas agrícolas. Os produtos brasileiros respondem por 65% do mercado argentino desse segmento.
A denúncia é da Associação de Fábricas Argentinas de Tratores (Afat). Segundo a entidade, os atrasos nas licenças causam "grande preocupação nas empresas e provocam impactos na produção agrícola argentina." A Afat reúne as multinacionais do setor, várias das quais usam peças de companhias instaladas no Brasil.
No Brasil, o representante da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Milton Rego, confirmou que o problema vem se agravando nos últimos dois meses e que há grande quantidade de tratores parados na fronteira com a Argentina à espera de liberação.
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"A OMC (Organização Mundial do Comércio) estabelece em no máximo 60 dias o prazo para licenças não-automáticas, mas temos empresas que aguardam 120 dias e já houve casos de até 200 dias", disse Rego, que também é dirigente da Case New Holland. Além dos atrasos, quando ocorre a liberação, ela não segue a ordem de chegada dos veículos, "o que atrapalha a gestão de estoque."