Em meio às tentativas de recriação da CPMF (o imposto do cheque), a arrecadação de impostos e contribuições federais voltou a bater recorde em janeiro. A Receita Federal informou há pouco que a arrecadação do mês passado atingiu R$ 91,071 bilhões, maior valor registrado em meses de janeiro e a segunda maior arrecadação mensal, perdendo apenas para dezembro do ano passado, quando atingiu R$ 93,241 bilhões (a preços correntes, com a correção da inflação, a arrecadação de dezembro do ano passado somou R$ 94,015 bilhões).
O resultado do mês passado superou o teto das projeções dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, que iam de R$ 77,7 bilhões a R$ 84,2 bilhões, com mediana de R$ 79,750 bilhões.
A arrecadação de janeiro apresentou um crescimento real (com correção pelo IPCA) de 15,34% ante janeiro do ano passado. Em relação a dezembro, que foi um mês de resultado histórico, a arrecadação de janeiro apresentou queda real de 3,13%. A arrecadação das receitas administradas somou em janeiro R$ 87,186 bilhões, com alta real de 16,66% ante janeiro de 2010. Já as receitas administradas por outros órgãos (que incluem royalties) somaram no mês passado R$ 3,885 bilhões, com queda real de 8,02% ante o mesmo mês de 2010.
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O ritmo de crescimento das receitas administradas já é maior do que o verificado em janeiro de 2010, sinalizando impacto positivo do crescimento econômico na arrecadação. Em janeiro do ano passado, as receitas administradas apresentaram expansão de 12,27% ante o mesmo mês de 2009.
A Receita atribuiu o desempenho positivo da arrecadação de janeiro ao aumento da produção industrial, das vendas de bens e serviços e da massa salarial.