A assembleia geral extraordinária (AGE) de acionistas da Petrobrás acaba de aprovar o aumento de capital da estatal. Mas logo na abertura houve a apresentação de posições contrárias por parte de acionistas minoritários. "Não há justificativa racional, visto que o desembolso será diluído ao longo dos anos", afirmou um acionista que não se identificou, defendendo que a operação deveria ser gradativa, "diluída em cinco anos" para compor o plano de investimentos.
"O acionista controlador não sofrerá sangria em seu caixa. Caso seja confirmada esta que será a maior capitalização da história econômica mundial, terá consequência lógica a concentração de ações nas mãos do governo e em grandes grupos financeiros que serão os únicos a terem liquidez para fazer jus à oferta. A capitalização desta forma representa o extermínio dos acionistas minoritários", disse o acionista.
Outro acionista, que se identificou como Jorge Ferreira dos Santos, ressaltou que o momento econômico não é oportuno, por conta da crise europeia, e chamou a operação de "destruição de valor da companhia".
Leia mais:
Um terço das famílias brasileiras sobreviveu com renda de até R$ 500 por mês em 2021, mostra FGV
Taxa de desemprego no Brasil cai para 9,8%, segundo IBGE
Termina nesta terça o prazo para entrega da declaração do Imposto de Renda
Número de inadimplentes de Londrina cai 14% em abril, segundo dados do SPC
Havia cerca de 60 pessoas na AGE, que também poderia receber votos pela internet.