O Sindicado da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) de Londrina divulgou um relatório nesta semana com uma lista de diversas obras que estariam paralisadas na cidade devido à falta de repasse de dinheiro por parte do Governo do Estado. O órgão fez o levantamento junto às empreiteiras responsáveis pelos procedimentos. A dívida do Estado com as empresas ultrapassaria os R$ 2,2 milhões, segundo o sindicato.
O relatório aponta que pelo menos dez construções estão paralisadas. São obras que afetariam, diretamente, o cotidiano de diversos órgãos da área da saúde e da Universidade Estadual de Londrina (UEL).
A maior dívida (R$ 620 mil) paralisou as obras do Laboratório de Química da instituição de ensino. Há, ainda, valores pendentes do poder público com a empresa responsável pela manutenção do sistema elétrico da UEL (R$ 340 mil) e com a firma que está fazendo reparos nas esquadrias dos prédios da universidade (R$ 165 mil).
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A construção do Biotério experimental da instituição também está paralisada. O serviço foi interrompido por causa de uma dívida de cerca de R$ 200 mil.
O Hospital Universitário (HU) também sofre com a falta de repasses. A ausência de verba estadual paralisou a ampliação do Centro de Materiais e Centro Cirúrgico do hospital. O valor pendente, neste caso, é de R$ 290 mil.
Há, ainda, dívidas nos casos da construção de salas de aula do HU (R$ 405 mil); da reforma do Hospital da Zona Sul (R$ 70 mil); da reforma do prédio da 17.ª Regional de Saúde (R$ 27,1 mil); da reforma do Centro de Sócio-Educação II (R$ 73 mil); e das obras na cobertura do barracão de armazenamento de medicamentos (R$ 30 mil).
Em alguns casos, o atraso chega a seis meses.
Por meio da assessoria de imprensa, a Secretaria Estadual de Fazenda admitiu os problemas e informou que as dívidas devem começar a ser quitadas daqui a duas semanas.
O governador Beto Richa (PSDB) veio para Londrina no mês passado e comentou a dívida acumulada pelo governo dele junto a diversos fornecedores e empresas. Na ocasião, ele admitiu que o momento é difícil e condicionou os percalços financeiros ao fato de o Governo Federal não liberar empréstimos ao estado. "Somos discriminados", ressaltou.