Os auditores-fiscais da Receita Federal do Brasil (RFB) fazem nesta quarta-feira (30), um Dia Nacional de Advertência ao Governo em relação às reivindicações da categoria na Campanha Salarial 2012. Para marcar o dia, nos aeroportos, portos e fronteiras, os auditores realizam operação-padrão, o que deve atrasar os trabalhos de fiscalização nessas unidades.
Em Curitiba, a estimativa do Sindifisco é que cerca de 500 auditores fiscais paralisaram as atividades neste dia. Á tarde, a categoria participa de uma assembléia nacional, realizada na sede do Sindicato, para definir os rumos do movimento. A indicação é para que a categoria faça uma greve de 15 dias a partir do dia 18 de junho.
"Queremos uma política permanente de remuneração para os servidores públicos", diz o presidente do Sindifisco Nacional, Pedro Delarue, em nota. Segundo a Delegacia Sindical em Curitiba do Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco), a categoria está há quatro anos sem ter ao menos a recomposição da inflação em seus salários. Além de sofrer com péssimas condições de trabalho como falta de pessoal, problemas de infraestrutura e perda de independência como auditor fiscal, no qual perde o direito de exercer várias funções inerentes ao cargo. Eles reclamam que as negociações com o Governo não estão avançando.
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De acordo com o presidente Sindifisco em Curitiba, Marcelo Soriano, nos últimos anos os auditores vêm sofrendo vários efeitos que comprometem a atuação em defesa do Estado como o déficit de pessoal. "Entre 2006 e 2012 cerca de três mil auditores que atuavam em aduana se aposentaram e ingressaram apenas 650 para ocupar essa lacuna", explica.