O mercado financeiro mantém a expectativa de elevação da inflação em 2011. De acordo com o boletim Focus do Banco Central, feito a partir de pesquisa com analistas de mercado sobre os principais indicadores da economia, a estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) aumentou de 5,88% para 6%.
Houve mudança também na projeção para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), que passou de 5,51% para 5,53%, e para o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), que foi alterada de 6,97% para 6,99%. A estimativa para o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), em alta há 11 semanas, ultrapassou a marca dos 7%, passando de 6,93% para 7,02%. Não foram detectadas novas perspectivas de reajuste nos preços administrados, que tiveram a projeção de aumento mantida em 4,50%.
A estimativa para a taxa básica de juros voltou a cair na percepção dos analistas e investidores de mercado, de 12,50% para 12,25% ao ano. Já o câmbio deve ficar inalterado até o final do ano em R$ 1,70. A dívida líquida do setor público deve cair de 39,45% do Produto Interno Bruto (PIB) para 39,40%. A previsão de crescimento da economia caiu de 4,03% para 4%, o mesmo índice projetado para a expansão da produção industrial.
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Do lado das contas externas, de acordo com os analistas, o déficit em conta-corrente do Brasil deve continuar registrando melhora, passando de US$ 64 bilhões para US$ 63,20 bilhões, com um saldo comercial de US$ 15,5 bilhões ante os US$ 15 bilhões previstos anteriormente. O investimento estrangeiro direto deve chegar a US$ 44 bilhões e não mais a US$ 42,5 bilhões, como estimava o mercado financeiro na pesquisa anterior.