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Aumento do IOF deve provocar aumento nos juros

Redação Bonde
03 jan 2008 às 12:44

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A decisão do governo federal de aumentar em 0,38% o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) não deve afetar a expansão do crédito, nem o consumo. A avaliação é do vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade, Andrew Storfer.

Segundo ele, os brasileiros não costumam prestar atenção no quanto pagam de juros ao fazer um empréstimo, por isso, as compras parceladas devem continuar.

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"O brasileiro olha o que está cabendo no bolos, quanto é a prestação, quanto é a parcela daquele empréstimo, sem se preocupar muito com como ela é composta e quanto está pagando de juros ou de taxas envolvidas nesta operação. Então, esse acréscimo vai passar quase que desapercebido", afirma.

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Mas Storfer recomenda que, quem puder, faça suas compras à vista, pois o custo dos juros deve aumentar. "A recomendação básica é: se puder, compre à vista, negocie, mas não use empréstimos ou créditos principalmente aqueles que são muito caros como o cheque especial ou o cartão de crédito."

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Outra dica é economizar para comprar à vista. "Por exemplo, aquelas operações em que alguém faz um crediário ou um empréstimo de seis parcelas, se ele puder passar esse período sem aquele bem, pode ter certeza de que ele vai comprar por um valor muito mais barato que usando o crédito."


Em relação ao aumento da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) para o setor financeiro, Storfer diz que os bancos devem repassar o custo extra aos correntistas.

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"Os bancos constituem um mercado que não é regulado, não existe um limite para os juros, para as tarifas que são cobradas. Então, os bancos vão olhar esse aumento de custo ou diminuição do lucro final e vão repassar isso de alguma forma. Ou através de um spread [diferença entre a taxa paga pelos bancos e a que eles cobram para repassar o empréstimo] nos juros ou em tarifas e serviços. Quem paga no final da história é o cliente", avalia Storfer.


Para ele, a melhor solução para compensar a perda de arrecadação com o fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) seria, ao invés de aumentar os impostos, diminuir os gastos do governo. "Qualquer família, qualquer empresa, quando tem um problema na receita, você os gastos. O governo não faz isso", conclui.


Ontem (2), o governo anunciou um corte de gastos de R$ 20 bilhões para compensar a CPMF. Com o aumento dos IOF e do CSLL, a expectativa é arrecadar outros R$ 10 bilhões.

Agência Brasil


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