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Rodovias

Avaliação positiva das vias pedagiadas baixou de 73,3% para 67,7%

Luis Fernando Wiltemburg - Grupo Folha
28 out 2016 às 09:43

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- Divulgação/CNT
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A qualidade das rodovias do Paraná caiu em comparação ao ano passado, tanto nas geridas pelo poder público quanto nas concessionadas, aponta a Confederação Nacional dos Transportes (CNT) na "Pesquisa de Rodovias 2016", divulgada quinta-feira (27). No caso das rodovias sob gestão pública, a diminuição de arrecadação de impostos prejudica a recuperação e manutenção. Já a Associação Brasileira das Concessionárias de Rodovias (ABCR) culpa as chuvas e o excesso de peso para a queda na qualidade dos trechos pedagiados.

Para elaborar a vigésima edição da "Pesquisa de Rodovias 2016", 24 equipes percorreram 103 mil km por todo o Brasil entre julho e agosto deste ano. São analisadas variáveis como pavimentação, sinalização e geometria da via, em avaliações que variam entre ótimo, bom, regular, ruim e péssimo.

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No Paraná, foram percorridos 6.244 quilômetros, dos quais 3.880 km de rodovias federais e 2.364 km estaduais. Ainda em relação aos trechos percorridos, 3.409 km estão sob tutela da gestão pública e 2.835 km têm gestão concedida a concessionárias de pedágios.

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O levantamento mostra que mais da metade das rodovias (54,6%) estão em estado regular, ruim ou péssimo, enquanto 34,1% foram consideradas boas e 11,3% ótimas pela CNT. Porém, a situação se agrava quando levada em conta a gestão estadual: dos mais de 2,36 mil km de rodovias paranaenses avaliadas, 78,7% (ou 1,86 mil km) são regulares, ruins ou péssimos, contra 72,3% no ano passado.

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Mesmo com pedágios caros, a extensão de estradas sob a tutela de grupos privados com qualidade considerada boa ou ótima também caiu, de 73,3% dos trechos avaliados como ótimos ou bons pelo órgão no ano passado para 67,7% neste ano. A situação piora quando comparado com a edição da pesquisa de 2011, quando 84,3% das concessionadas eram avaliadas como boas ou ótimas e 15,7%, como regulares ou ruins – em nenhuma edição houve trechos concessionados classificados como péssimos.


O coordenador de Estatísticas e Pesquisa da CNT, Jefferson Cristiano, afirma que a piora nas rodovias no Paraná é reflexo, principalmente, da qualidade da pavimentação, que caiu 6 pontos percentuais, de 59,4% de ótimo e bom no ano passado para 51,4% este ano, puxado pela piora na condição das superfícies, principalmente.

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De acordo com o especialista, a piora nas rodovias estaduais é reflexo da redução da arrecadação provocada pela crise econômica, que afetou repasses e apertou orçamentos para infraestrutura. Por outro lado, no caso das concessionadas, que também tiveram piora nas condições de pavimentação, Cristiano afirma que é "atípico".


O diretor regional da ABCR no Paraná e Santa Catarina, João Chiminazzo Neto, afirma que os trechos concessionados paranaenses passam por uma situação difícil este ano, devido às chuvas que provocaram estragos no início do ano e que prejudicam cronogramas de reparos. Além disso, o excesso de peso dos caminhões também danificam a pavimentação. "Nossas balanças funcionam, mas nem sempre há policiais para fiscalizar. Já pegamos caminhões com 15 toneladas além do limite", afirma.

O Departamento de Estradas de Rodagem (DER) afirma que o Paraná tem "um dos maiores programas de conservação e manutenção de rodovias do País" e que já investiu, este ano, R$ 190 milhões em conservação e manutenção de vias estaduais. Também disse que fiscaliza as rodovias concessionadas e, em caso de irregularidades no pavimento, sinalização ou outras falhas, as empresas responsáveis são notificadas para resolver os problemas.


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