O Grupo Pão de Açúcar concordou em colocar quase R$ 1 bilhão na nova Casas Bahia, segundo fontes ligadas à família Klein. O objetivo é ajustar a equivalência patrimonial. Quando o contrato começou a ser rediscutido, há cerca de dois meses, a família Klein, controladora das Casas Bahia, alegava que seus ativos foram subavaliados em pelo menos R$ 2 bilhões e queria acertar essa diferença. As negociações avançaram em pontos importantes, mas ainda podem levar pelo menos mais duas semanas para serem concluídas.
Procurado, o Pão de Açúcar não comentou essas informações. Ontem, porém, durante a teleconferência de divulgação de resultados do grupo, o presidente do conselho de administração, Abílio Diniz, falou pela primeira vez sobre o assunto. Disse que os principais pontos do acordo de associação com as Casas Bahia já foram solucionados. "Nos pontos mais relevantes, acho eu, nós já chegamos a um acordo. E vamos conseguir superar todas as divergências".
Segundo a reportagem o Estado apurou, existe, ainda, a possibilidade de os Klein receberem entre R$ 100 milhões e R$ 200 milhões em recebíveis (compromisso de pagamento futuro). Esse dinheiro, ao contrário do outro (de quase R$ 1 bilhão), iria para o bolso da família Klein.
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Um novo acordo de acionistas também já foi acertado. Ele prevê que o poder será compartilhado e que os Klein terão direito a veto nas decisões, segundo essas fontes. Desde o começo, a família se mostrava insatisfeita com a estrutura de poder criada na nova companhia. Os Klein ganharam a presidência da nova companhia, mas tinham de submeter suas decisões a Abílio Diniz. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.